Por dentro da verdade nua, ao lado do pecado farto, o tédio de me saber ser na noite anunciada, descruzo os braços e tremo muito, é a verdade escrita num repente vadio contra as paredes do sentido nenhum...
Apaga a luz, é muito tarde já, anda deitar-te.
Morro-te na lágrima que te cai pelo rosto, solto os braços à falta e evoco a ausência que nos consome... esta noite não é certa, estes passos não são meus e esta verdade escrita é um milagre translúcido de mim.
Já não aguento mais, amanhã tenho dir trabalhar, pára de escrever, é sempre a mesma coisa...
Deixa-me ficar a escrever-te na sombra do nunca, na dança dos corpos dormentes, no adeus último e supremo que me atravessa os sentidos.
O amor tem destas coisas, o que é será somente tudo, porque o que ele é será somente o nada que o preenche.
. façam de conta que eu não estive cá .