Quanto à forma como a entidade Criadora se nos evidência, diria que são tantas quantas aquelas a quem confere essa chance. E de tal forma me parece que é assim, que a via por que este apreende Deus, pode não dizer nada àquele outro e pode até escandalizar um terceiro. No que me diz respeito, suponho que pesa sobre mim a responsabilidade daqueles que às vezes apreendem o criador em muito peculiares instantes. Só que -e aqui é que está o busílis- temo que por vezes possa ser por via capaz de desatinar uns quantos. Não tenho que lhes fazer e ser discreto ou procurar sê-lo, é quanto me resta. Para mim, esta noite, apreendi Deus. Senti-O através de uma emoção profunda, através das lagrimas que essa emoção me trouxe. Senti-O na Saudade sentida e associada ao sublime do Amor humano-aquele que tem por protagonistas o homem e a mulher, com a natureza e os dons com que foram criados e a legitimidade que algum dia os aproximou. Era a Saudade que falava por mim O fio condutor foi a Música- "Bela Enamorada", de autor espanhol e interpretada por esse "enorme" Plácido Domingo. Enquanto escutava essa melodia sublime, bendisse a Deus pelo seu autor, pelos seus intérpretes, pela sua Mensagem, que lograram arremessar-me a alma para as imediações do Intangível,aonde mora o Amor que passou já por mim e que em mim continua a viver como factor de Esperança.