A fumaça fere no silêncio
E não sabemo-nos felizes
Aterradoramente, diríeis
Que a calma recrudesce
Nossas plenas tristezas
Pois os abismos nunca sobrepõem
Seus cílios empedernidos
Nem ao menos para amar...
Insistiram apenas aqueles
Que soçobraram juntos
Juncos, a princípio,
Jacintos de amor...
Mas eis que depois o ódio
E então o amálgama macio:
De um vinho-lodo
De um sublime-mesquinho
De um espasmo-lágrima
De um sussurro-tapa
De um Éden - Todos os Infernos.
Ternos seriam na morte
Mote de degredo
Entre beijos de fome e nojo
Entre unhas de querer e de desprezo.
E, entretanto, tanto se confessa
Prece e blasfêmia nessa messe
Que onde pese o tempo leve
Entre bocas quem mais peça
Mais abismos e quermesses.