Sinto no tornado das tuas palavras a energia.
O profundo do teu olhar enorme dinamiza os meus sentidos.
Mas é largo, muito largo o rio que separa as nossas margens. Tem a medida de um sorriso imenso.
E, apenas de longe, vislumbro o redondo do olhar que veste a tua alma despida. Como a montanha que jamais escalarei, porque é paulatino o silêncio, conturbado, das emoções em fúria.
Na tua tez de seiva criadora escrevo o sentimento vivo dos afectos.
Derramo-me no impossível, com a inevitabilidade de um limbo. E esqueço-me de mim com um sorriso asfixiado de clausuras.
Mas guardo em mim, no mais imenso de mim, o eco incontido da tua voz afirmativa. O brasão da utopia por cumprir.
E sublimo-te nas palavras. Componho-te em sonhos. Porque assim me pareces contígua. Como pele da minha pele.