Para fazerem o ninho
Passam os dias a trabalhar
Transportando no biquinho
Terra e barro para secar
Trabalham até à exaustão
E o seu lar construiram
Não chocam os ovos em vão
E os seus filhotes saíram
O seu trabalho continua
Para nada lhes faltar
Acarretando ao sol e lua
Comida para os alimentar
O pai andorinha e dedicado
Aos seus filhos nada pode faltar
Por vezes sente-se culpado
De não os ter sabido criar
Existe tambem o pai cuco
Pássaro que passa o tempo a cantar
Põe ovos no ninho de outro
Passando os dias a comer e a esvoaçar
Os filhos nem sempre reconhecem
Tanto quanto os amamo-mos
Mais tarde terão o que merecem
Só colhemos o que semeamos
a beleza é supérflua,
a verdadeira, os olhos não a vêm!
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