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Veias podres

 
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Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.



Tuas veias estão podres
ó malabarista repugnante
és um murchar lacrimoso
no caminho do idiótico

tu que cantas contemplatividade
da tinta que escorre pelos dedos
de palavras carregadas de esgoto

tem vergonha! tem vergonha,
ó fantasma encharcado de imundice
tuberculoso da inocente volúpia
bicho adormecido mal-cheiroso
verme amargo desdentado és
quando te comes!

e tropeças
e iludes a dignidade dos homens
e perdes-te no engano dos artificies

ó dejecto da inspiração intelectual!
tens o sorriso degenerado
e teus olhos brilho de ladrão.

a tua desonra há-de chegar,
a tua desonra há-de chegar!
ó cao epidérmico asqueroso
e cairás nas sombras
sentindo o frio da terra de Janeiro.

desaparece!
ó morcego...sanguessuga desmiolada!

louvar-te?!
louvar-te é um zumbido de moscas
quando te banqueiam no bater de asas
ó demente!
ó demente parasita cobarde.
 
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Caopoeta
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Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 14/05/2009 16:18  Atualizado: 14/05/2009 16:18
Membro de honra
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Localidade: Braga
Mensagens: 8112
 Re: Veias podres (auto-critica)
Cada um sabe de si, rsss...Isto é o que se chama de insatisfação e felizmente, muitas vezes um sentimento assim move-nos a tentar sempre melhorar...Tem um quê de mordacidade, que serve a qualquer um. Abraço