Poemas -> Tristeza : 

um poema que ruiu

 
Sinto-te e foges,
Consomes
O ultimo fogo em mim
Já extinto.

Persisto em continuar,
Sabendo
Que nada irá mudar.

O tempo
Entrega ao vento
A semente de poesia,
Por nós semeada.

A água, será mágoa
A noite ceia,
De um desejo construído
Em grãos de areia.

Que a onda lava
Tal e qual entregou.
E a mão do poeta lavra
A terra, onde antes semeou.

Semeou,
os sonhos mais belos,
Perdidos em castelos
De muralhas frágeis.

Dessa semente,
Nada surgiu,
Se não a muralha,
Aquela que ruiu.


Poetryflow


André Henry Gris

 
Autor
Poetryflow
 
Texto
Data
Leituras
846
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
3
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 27/05/2007 20:43  Atualizado: 27/05/2007 20:43
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4047
 Re: um poema que ruiu
Um poema que ruiu

Parece-me mais um poema que nasceu
belo e forte.

Bjs

Enviado por Tópico
Gilberto
Publicado: 27/05/2007 20:45  Atualizado: 27/05/2007 20:45
Colaborador
Usuário desde: 21/04/2007
Localidade: V.Nde GAIA-Porto
Mensagens: 1804
 Re: um poema que ruiu
Belo poema!

Esta cadência bem conseguida, dá uma beleza subliminar ao poema, que termina de uma forma soberba!

"Dessa semente,
Nada surgiu,
Se não a muralha,
Aquela que ruiu."

Muito bem!

Enviado por Tópico
Tália
Publicado: 27/05/2007 22:17  Atualizado: 27/05/2007 22:17
Colaborador
Usuário desde: 18/09/2006
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2489
 Re: um poema que ruiu
Encontrei aos meus pés
uma muralha caída
peguei palavra a palavra
semente a semente
e fui reconstruindo-a
com sonhos e ilusões
quando acabei, reparei
que fiquei dentro dela
presa... ao teu amor...

já sei... já sei... o poema era teu

Beijinho

Tália