Em arame te envolveram, qual crucificação,
dos tempos que correm. Na guerra, toda
a beleza é ofensa, para os olhos, dos que
da luta fazem, seu mais horrível testemunho.
Antes, crianças e tu uma linda rosa branca,
entre imenso e cuidado jardim, olhavam-te
demoradamente e sorriam, tal qual a pureza,
dos inocentes, que a vida, não contestam.
Porém chegado o dia, e, em armas pegando,
um último olhar lançaram, para a sua rosa
branca, que, por momentos, suas pétalas foi
largando no chão, parecendo então chorar.
Ante os militares armados, para o genocídio,
ordens receberam, para destruir tudo à sua
volta. Foi aí que viram, sua bela rosa branca,
presa por arame, na outra extremidade, um pau.
Nada puderam fazer. Adivinhando somente e
pedindo, que breve fosse pois seu sofrimento,
pelo sufoco e o aperto do arame. Jurando a si
mesmos, que, vinda a paz, a trariam, de volta.
Jorge Humberto
12/05/09