Sento-me à beira do riacho
De minha imaginação,
Vejo o refletir da imagem
Amargurada, se sonhos perdidos
E de olhos encharcados.
Laço-me no cipó da esperança
E mantenho-me vivo!
Minha voz...embargada de silêncios,
Me conduz a uma busca interior
de labirintos espinhosos...
de lágrimas e de dor.
Manter-me forte, se faz necessário.
O sorriso, mesmo que singelo,alivia a alma...
Os dentes cerrados
Num grito abafado
Nem quero lembrar!
Guardo apenas na memória
Momentos bons de minha história
História que não quero contar!.
O riacho ali continua
A imagem refletida se desfez
A dor, aos poucos adormece.
As lágrimas jorradas
Não se esquece.
Por isso calo-me de vez.
Quero apenas chorar...
Chorar por mim!
Neturno....