E palavras, sempre as palavras.
Deixa passar a mão
pelo ventre das palavras
acariciar-te o beijo
abrindo-te o olhar
perder-me no abraço
acordar-te os sentidos
ferver na tentação
de me dar e ser sorriso
tactear-te, olhando,
Como se o olhar
cumprisse o corpo
e me trouxesse o sal
no beijo sem mácula
mas com desejo
Porque sou o poeta
simples que vem
desassossegar
Sou o poeta
maduro que vem
conhecer-te
Sou o poeta
da solidão cansada,
ansiando por ti