Rasgados lampejos da altivez,
suspensões do moinho na hélice,
da azáfama do vento,
relinches,
vórtice propalador de abutres,
estados de vigília.
Baixios vistos pelo cume,
nos intermédios coisa nenhuma,
deambulação de defecados humanóides,
em florestas de alcatrões exóticos,
como atónitos,
na existência das repulsas,
porque os sinos badalavam teias,
aos neurónios,
para rumos aos frontispícios,
como perpétua decadência,
ora meia-volta,
ao mesmo.
Olhos colados nos pés,
devoravam ingratidões pelos extintos,
afagos enregelados pelo aparato,
por calores abafados,
icebergues esculpidos,
por forma de labaredas,
frígidas mármores caminhantes,
com adornos ao nada,
em morticínio gota a gota,
por invalidade de vida,
floriam vistosos das almas penadas.
Porque a nudez do caos,
em primordialidade essencial,
era acérrima necessidade do claustro,
e,
o fedor da existência,
congratulava-se com a objectiva ao esqueleto,
docemente esculpido por vermes,
em terras afagantes da inexistência,
além do além,
hímen do frívolo incorrupto,
para eternidade sepulcral,
como alma nunca acesa,
e não acenderia.
Por revolta de lúcifer venusiano,
pontualmente vespertino,
cálidas sombras se formavam por lucidez,
dos focos anoitecidos,
aves de rapina clamavam,
por vermelhos clarões,
explosividade em murmúrios do moinho,
um tumular vivente.
Em apocalipse,
planagem aos baixios,
moagem de almas penadas,
em rumos às boreais auroras,
pelas execrações.
© BM Resende