Talhou o pau
Fez o santo
Desejou ter encanto
Tanto quanto
O deus a quem construiu
Com todo o espanto
Nem seu pranto
O redimiu
Dos erros contidos
Foram apenas os gemidos
Que a alma lhe atribuiu
Curvou-se sobre a tora
E agora?!
Um fisgar ele sentiu
Será que é a morte?
Lançou mão do serrote
Fez um corte
Seu peito
Se contraiu
Tombou sobre a madeira
Foi a obra derradeira
Cujo milagre ele não viu.
JOEL DE SÁ
12/05/2009.