ETERNAMENTE.
Lá longe,
no vale sob o arvoredo florido,
pés descalços no tempo.
Esperarei por ti.
Ficarei ouvindo o vento,
mirando as nuvens,
adivinhando as horas...
Assim esperarei por ti.
E não importa nada!
Quanto tempo seja,
Qual caminho venhas...
Ali, esperarei apenas.
Nem a incerteza,
investidas de feras noturnas
ou intuição malsã
dali me afastará.
E caso eu morra
nesta espera eterna,
é certo que minh'alma
ainda esperará.
Marisa Rosa Cabral
Falar de mim? O quê?
Sou tempestade em copo d'água... Besta feito uma égua que não se curva e não se dobra, mas, se tu me cobra, eu digo: Sou chuvarada de verão, deserto quanto sertão e ainda ando só, sozinho... Remoendo as mágoas que ninguém ouve e...