Danças num passado
Que não é histórico
Os cães pressentem
Nos jardins abandonados
Que os ervaçais que crescem
São esquecimentos
Não sepultados
Que adoecem os ventos
Num sanatório inacessível
Deambulas sem corpo
Voz que não temos
Nenhuma certeza
De reconhecer
Nos sinais sonoros
Dos caminhos-de-ferro
Julgamos possível escutar
Nos destroços
De um navio
Bacalhoeiro.