Para ti, para mim… Uma carta que sem ser de amor, escrevo-a com amor.
Falo da tua ausência.
Da minha, da minha saudade e da minha vontade.
Dos meus desejos.
E da tortura que isso me dá!
Sonho…muito,
Com toda a sensualidade que me é permitida pela imaginação.
Relembro tudo, todas as palavras, todos os gestos.
E carinhos, os toques, de uns dedos que sem quererem...
Carregam ternura.
Os olhos que me permitem lerem através deles que existe outro mundo,
Mas que escondem pequenos segredos.
Que se escondem nas pequenas cortinas.
Que existem nas janelas, que são difusas como uma névoa cheia de força.
E sonho…sonhos que são quentes e macios.
Eu quero voltar a sentir essa maciez no meu rosto.
Quero essas mãos que me transportam a um desejo de posse.
Esses braços que me agarram com firmeza
E ao mesmo tempo com gentileza.
Não posso esquecer-te, não consigo!
Não consigo transmitir-te por palavras senão escritas o que quero,
Consegues induzir-me a um torpor tal que o meu pensamento fica reduzido,
É amor ou paixão o que sinto? Só dúvidas.
Sentimento que me arrebata e me deixa aturdida na tua presença.
A minha intelectualidade que fica reduzida.
Tudo para te dizer:
Que quero perder-me nos teus olhos …nos teus braços.
Eu
AnaR.
AnaR.