Tão suave no sopro da brisa,
A lua lá no céu cintila,
Deixando tudo, tão prateado...
Nas calmas águas de um lago,
Um branco cisne encantado,
A vagar sozinho, desliza...
Na opaca imensidão infinita,
Escuto seu melancólico pranto...
Um lamento de alma sofrida...
E embuçada em tão triste canto,
Vai minha filhinha querida...
Um anjo nas noites chorando...
Seu espírito não tem sossego...
E à procura do eterno descanso,
Vai pelas noites vagando...
E ainda como alma encantada,
Brinca graciosa nas águas,
Onde um dia morreu afogada...
(® tanatus – 01/05/98)