Camisa despida, casaco vestido.
Nó de gravata? Cinta de prata?
Heliocentrismo ao natural
Abusado como se femme fatale se fosse.
Nas sombras se escondem
As perfeitas imperfeições do ser
Mas por entre escarlates de sol exposto
Não há trapinho que o resista,
E se lhe cair bem, a bem o fica.
Todo pimpão,
Todo pavão,
Com oiro se encobre
Aos perigos que se ilude,
Ofuscando quem mais procura.
Se estrela se fosses,
Não serias Sol, Gigante Vermelha,
Ou Centro de Galáxia…
Eras sim um autêntico ser.
Um buraco negro de vaidade.
Deixa os tons ostros para Césares,
E volta à simplicidade do ser.
Deixa respirar aquela pequena coisa
Cujo nome é humildade.
@Setúbal, 9-5-2009
P de BATISTA