Poemas :
Não peço perdão, porque acho ridículo
De boas intenções
Está o inferno cheio
Acho que é plágio
Alguém falou pelo meio
Frases feitas na cartilha
De amizade e rodopio
Frases sem emoção, asfixia
Que deixam tão grande vazio
Espreita-se aqui e ali
Dói na alma, o que se lê
Palavras medidas a milímetro
De amizade, vaidade, sentimento, e…
Pura badalação
Não me metam os dedos nos olhos, não,
Homenagens até mais não
Ao gato ao periquito, ao cão
Todas elas saídas do coração
Em primeira mão
Não é copia , nãooo
Ai Camões, Pessoa , Vinicios
Florbela, Leminski, Neruda,
Poetas de alma e sonhos
Vossa poesia, não foi muda
Mas tudo muda,
Evoca-se por dá cá aquele palha
Vossos nomes sem respeito
Basta que isso nos faça perfeitos
Mordemos na mão em que comemos
Sem pecado,
Afinal, somos poetas afamados
Comparados sem vaidade
Ao Pobre poeta Consagrado.
Esquecem que grandes
Nascem de século em século
Todo o resto mendiga
Leituras e um lugar ao sol
Não peço perdão, porque acho ridículo.
Poetamaldito
Transeunte na miragem
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