"Pai! Porque me abandonaste?"
(segundo as escrituras)
já não é!
tudo n'Ele fenece!
numa cruz crucificado
por mil espinhos trespassado
o seu corpo adormecido
já não quer
e arrefece
já nada resta
neste corpo amortalhado!
encobriu-se o sol poente
no horizonte
e fende ao meio, esta tarde fria,
faiscante raio.
há uma prece em agonia
põe-se mais cedo o sol
sem ocaso
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do tempo em que eu escrevia com o meu verdadeiro nome 'Fernando Reis'. Poema publicado na Antologia Escritores Brasileiros e Autores de Países de Língua Portuguesa, 3ª Ed. 2006 Editora RB