Beijo o beijo da tua boca,
desfrutando do instante preciso.
Na ampulheta, a areia retem-se,
sem pressa de cair...
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Que seja o beijo, suave e doce,
a ponte que nos una.
Que seja o entrelaçar de mãos,
o calor que nos sustém .
Que sejam as nossas almas,
numa confluência intemporal, que encarne esse beijo, entregue com desejo.
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A árvore começou a dar os seus frutos
e as vides em flor libertam um aroma
que entorpece os sentidos...
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Os frutos e aromas que libertas,
são o resultado da sólida
e excelente árvore que és.
Beijo no teu aroma...
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Aromas que não nascem ou subsistem por sí só,
numa perspectiva solitária.
Na vida somos tudo o que somos e não somos,
num perpétuo mover de almas
e corpos em comunhão.
Nada é, por si mesmo, sem uma causa e um efeito. Tu és a causa que beijo no seu todo.
Aromatizo-me.
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Se um beijo pudesse exprimir,
quanto sente, quem o dá,
gritaria bem alto aos ventos bravios,
a força do amor.
Nesse doce aroma,
sopro: Amo-te.
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Vento que me desbrava na sua força natural, levando-me nas suas asas leves e coloridas.
No ar... fica uma fragrância
que se imbui nos sentidos.
Embriago-me...
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Sentidos que brincam com os desejos,
contidos e submissos à razão,
contudo livres no mar ondulante
de pensamentos paralelos.
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