Alguns acorde de lágrimas
ausentes
as mãos amigas
que me segurem os gritos.
O tempo suporta limites de néon
o meu refúgio perdido
O AMOR NÃO EXISTE
respira-se o dia falso
a noite húmida
mágicas as horas em que se acredita nas cores
rápida a dor
na solidão inevitável
breve a água
sem sal
a
cair
devagar
do meu peito em ferida.
Regresso.
E o silêncio tortura.
AnaMar
Diário para minha mãe, 1989, 21 de junho