Nunca, em minhas andanças, pelo mundo,
tive apenas só bons encontros e leais recepções,
por parte dos povos indígenas, dos vários países.
Xenofobia, má aceitação e ideias pré concebidas,
foram coisas, com que tive de lidar, muitas das vezes.
E, como não calo, ao que não me traz entendimento,
ao outro, questionava, a razão, de seu
comportamento, totalmente distanciado,
de todos os valores, de estar, de ser e bem receber,
como qualquer ser humano, digno de sua condição.
Tranquilo e nada temeroso, consciente de mim e das
pessoas, trazendo-as, até à altura, de meus olhos, com a
humildade a surtir efeito, para ambos os lados, conversando,
fui sendo bem aceite, de compreensão em compreensão,
até à aceitação final, de minha humanidade, resgatada.
Daí em diante, por onde quer, que eu caminhasse, aqui
e ali, mãos se levantavam, num cumprimento salutar,
entre amigos, ao que eu, feliz e cheio de honra, devolvia
o aceno, entre sorrisos e um brilho nos olhos, não
evitando o pensamento, que basta sermos, para termos.
Pois que assim é: ante o desconfiado, segue sempre a
via do esclarecimento, pondo-te na posição do primeiro,
como alguém, que apenas está confuso e sem ponto
de referência, por onde se possa identificar, como alguém,
igual a ti e aos demais, com suas próprias diferenças.
Jorge Humberto
04/05/09