Ah Virgem clorótica do Romantismo,
Flácida donzela, filha da Tristeza,
Santa imagem de bela frieza,
Demônio que leva-me p'ro ceticismo;
Suspiro das dores, alma d'invernia!
Olhar tôdo cal sem rútilo fulgor
Onde apagou a chama do amor
Co'a frienta lágrima da nostalgia;
Cálido reflexo da realidade,
Vulto macerado com a soledade,
Misto de demônio com santa donzela;
Vento que acorda o rumor da vaga,
Treva da estrela quando se apaga,
Nau silenciosa ao martírio da procela...