Ó mar!
Quanto me vejo em ti!
Vejo todo um barquinho!
Deslizando assim...
Tão triste!...Sozinho...
Sim!
Balanças na tarde,
Todo triste, o barquinho!
E tão triste, suave,
Deslizas todo sozinho...
Ó mar!
Tão trêmula, a vela,
Agita todo o barquinho!
E agita toda aquela,
Que agitou de mansinho!
Sim!
As ondas respingam,
Sobre todo o barquinho!
E tanto mais, se limitam,
Em açoitá-lo todinho...
Ó mar!
Somos toda a solidão!
Somos todo o barquinho!
E deslizando à vastidão,
Vamos tristes, sozinhos...
(® tanatus – 04/05/2009)