Eu sobrevivi à queda fatal
Desviei de todas as setas que pude
Ultrapassei o limite aceitável da dor
Abdiquei de todo o orgulho
Resguardei meu sentimento, porém
Do teu falso querer nada restou
O teu rosto se perdeu no passado
Contudo eu nunca te esqueci
A vontade é poder retornar
Replicar a tudo que calei
Longe do abismo da mentira
Onde teu coração se esconde
Suave, te alcançar bem aí
Com você eu não criei limites
Ou não tive medo de amar
Utopia do amor perfeito, tolice!
Tua falta levou-me a desordem
Instalando profundo caos em mim
Não consegui entender teus motivos
Hoje já não ouso compreender
O teu rosto está no meu passado
Mas quem sabe chegue o grande dia
O resplendor dos restos te alcance
Não posso negar o que passou
Tentar esquecer seria luta vã
E o teu nome ficou marcado em mim
Intenso como você foi um dia
Reinando soberano a toda mentira
Ou quem sabe, ao que você pode ser.
Maria Antonieta Lima
Poema não importa a quem, muito menos o motivo. Quando falamos de poesia tudo é válido. A magia e o encanto das palavras é subjetivo, envolve o poder da criação. Mais do que um sentimento a poesia é um dom.