Sonetos :
E amanhã ainda te lembras
Lembras-te a tua mãe, por ela ou por ti
Lembras-te mais um dia no calendário
São trezentos e sessenta e cinco, sim
Amanhã não fecharás este dia no armário
Ofereceste uma flor, uma caixa de bombons
Tudo embrulhado em papel luzente
No resto do ano, ensaias outro tom
Manténs-te ao longe sempre ausente
Dia da mãe, negócio banal, infernal
Corre, corre ao desbarato do aparato
Oferecer uma prenda até era normal
Se no resto do ano ela não fosse a mais
Cuida dos teus pais com amor e carinho
Ama, para que sintam os dias todos iguais
Poetamaldito
Transeunte na miragem
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