À sombra esqueço, talheres de prata por lavar e canções de uma voz só... Sufoco na cinza crisálida, entre a verdade duma mina de carvão e as asas de borboleta que, apenas, obedecem à poeira do chão... Que diamantes teço?... “TU?”... Lapido uma fornalha, teço as mãos no fogo... Um rendilhado de lume que se troca comigo, ardendo de alma e árvore entre o que se pensava ser... Incendeio o pássaro-peixe que dança na raiz, como-o ainda vivo... O sabor é a queimado diz-me o seu olhar, preferia não ver hoje... Apenas e tão só imolar-me, como uma floresta tropical, pegar num gume e desenhar sangue e letras nele... Pintar a parede, até que ela fosse um adeus de mim...
«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»
Agostinho da Silva