Recomeço. Lá está ele. Preso. Espalhado no meio de afazeres. De livros. De quadros. Prazeres. Esperando um dedo. Mas aguento o braço. Não toca. Por medo. Cansaço. Saudade. De suspiros demorados. Risos estridentes. Choros abafados. Vozes contentes. Conta. Espera. Aguenta as horas. Em que menti. Ri. Pensei. Calei. E chorei pê-lo ter dito. Não toca. Maldito! Preciso que o som me desloque. Não me julgues. Peço-te o toque!
Tocou!
Suspirei. Aguentei. E lancei. "Promete-me que nunca fugirás de ti, só assim saberei que o meu lugar é aqui... Ainda te amo!" Era engano...