Lágrimas em decomposição
De mão em mão
Nevoeiro negro, de luto
Vagueia pelas clareiras
Da imaginação aos solavancos
Pernoita em fundos barrancos
Do egoísmo
Pensando quase agonizo
Mas finjo , e vejo, e,
Digo não , e digo sim
Ai de mim
Lágrimas salgadas
Sem dores
Sofrimento portador
De angustias e desamparos
Compassados pelos acertos
Do raciocínio
Empresta-me o fascínio
Irreal do sobrenatural
Daquilo que não domino
Lágrimas de lamurias contidas
Virgem negra distraída
Caminhando pela tumba
Vazia da dúvida
Duvida que se abeira
Sempre que perco a estribeira
Com lágrimas em demasia
Asfixia
Afogo essas lágrimas
Em aflição
Rezo um credo incompleto
Ao correcto
Realismo secreto
Do nada concreto
Do certo ao incerto…
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...