Entre o ar que se desloca suave
pedras se erguem.
Apenas Um vive
nesta fortaleza de Silêncio.
Todas as muralhas são feitas de luz,
em todos os quartos repousa enfim o mesmo ser,
e em todas as divisões se dorme neste mesmo sonho.
Aquele sonho habita entre as paredes luminosas,
e ele próprio bebe dos seus contornos luminescentes.
Neste sono de clara transparência,
não existem fronteiras,
interior ou exterior,
não existe meio ou fim.
Entre este sonho e realidade
não existe mais do que uma extensão desta mesma luz;
uma mesma melodia invisivelmente sentida.
A mesma fragrância sente-se em todas estas salas;
Apenas Um habita e reside neste espaço.
É factual e imaginativo,
fantasia e realidade,
é paredes e ar.
Eu sou o sonho
que vive em quem verdadeiramente sou.
Não precisas de responder às tuas questões. Precisas é de questionar as tuas respostas.
Poema metricamente simétrico.