Ah, mas, não há paz, que venha e que sossegue, este meu pensamento,
assaz, contínuo e devastador, de que, as pessoas,
no que diz respeito, ao «sagrado»,
sempre foram muito pouco receptivas, se contrariadas,
na sua fé, agarradas quase que a um ilógico conceito,
que a cada um de nós, cabe escolher, e, se assim bem o entender,
contradizer, mesmo que, superfluamente, possa parecer, a dado
momento, poder a vir a entrar, em
algum tipo de dualidade,
apenas por não compreenderem, que tudo mas tudo,
tem seus dois lados, donde podemos esclarecer, por exemplo,
que quem se ajoelha, perante ícones, está errado, e,
apesar disso, ainda deixarmos bem firme, nossa convicção, e, tudo
isto, num único e mesmo espaço reflexivo.
Sou o que sou. E tudo o que sou ou fui, a ninguém o escondi,
que, a mentira, não é comigo. Não me venham por isso calar, muito
menos castrar, com vossas palavras, obviamente engendradas,
para preencher vazios do que não se pode explicar, numa
profunda retórica, que, nem a quem as profere, acrescentam,
valor algum.
Salvação? Devo-a toda, à minha força de vontade: Deus algum,
me a poderia dar.
Jorge Humberto
30/04/09