Divina Democracia
Esta, em que vivemos
Quanto mais nos abstemos
Mais se enchem os coitadinhos
Os doutores, estão tão cheiinhos
De arrogância, ganância, avareza, politiquice
Do tapa-me a mim, que tapo-te a ti
O povo esse esqueci, o pobre já nem ri
Olhamos, refilamos,
Vá-se lá entender, não vemos
Ou esquecemos
Os papões e seus abutres
Papam tudo, até o dever
De a democracia defender
Enleiam-se nos embustes
Brilhantes como lustres
De barrigas expostas ao léu
Papam tudo debaixo do céu
O povo fica ao laréu
Esta república das bananas
Cheia de gordos sacanas
As panças enchem a eito
Tudo roubam a preceito
Enfiam as luvas do sujeito
Pobre povo baixaste as mangas
Das lutas esqueceste o jeito
Abre os olhos
Arranca o que é teu
Por direito
Antes que te esfarrapem o peito.
Poetamaldito
Transeunte na miragem
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