Caem pedaços de horizonte
por entre devaneios que teimam
em ancorar...
Em cada pedaço que vejo renascer
por entre destroços de ontem,
o Anúncio de um tempo
sem morada
onde apenas a crença em cogitar
na essência da atracção
faz tocar as cores que pintam
telas escondidas no leito onde adormece
o sabor de um beijo encostado
à minha boca;
Caem pedaços de horizonte
como que querendo celebrar
o vislumbre do estrelejar
em sinal da Presença
que me acaricia em noites
de lua cheia
e claramente me envolve
sem me querer acordar.
"A ausência só é efectiva quando a presença nos é, ou foi, indiferente" (Ajota)