Em tempos sonhei-te,
Admirei-te,
Amei-te,
A vida infortuita
que do sonho se faz Vida,
vida vivida,
vida sofrida,
vida renascida,
que do sonho se faz Vida?
Oh Imortal,
Oh Intemporal
Mestre do Tempo
Velejas em mim,
em mar de lágrimas,
mar solitário,
obscuro,
recatado,
preso ao abismo do meu Sonho
Por que te vais, Ó Encoberto?
Se do sonho renasci,
se do sonho cresci,
se do sonho vivi,
Busco-me,
Procuro-me,
Navego-me,
Sou Marinheiro (s)em Mar
(de lágrimas)
Mar Salgado,
agridoce,
que teimas em navegar.
Francisco Canelas de Melo
"O acto de escrever
cresce com a necessidade de viver"
Muhammad Rashid