Ao som das ondas, que se lançam
ruidosamente, de encontro às areias da praia,
aí permanecendo, formando poças e espelhos de
água, até que o mar, de novo, as reclame,
gaivotas descendo, procuram o que comer,
por entre as algas e outros animais marinhos,
trazidas pela força da maré.
E, aproximando-me, um pouco (meus pés descalços),
resolvo-me a entrar na água, suja de barro, e, com os dedos,
dos pés, no raso da praia, vou desenhando,
círculos e semicírculos,
até que as gaivotas, nervosas, pela minha companhia,
entram numa fuga, de penas e de asas.
Nisto reparando, estando a água fria, e, de que,
já não muito longe, nova vaga de ondas, se vem formando,
de caminho certo para a praia, olho encantando, uma
última vez, toda
aquela força azul, aproximando-se rapidamente.
Jorge Humberto
29/04/09