JAMAIS PODEREI VIVER SEM
Por elas fui amado
Por elas fui odiado
Desde o ventre
Lá estava de uma delas
O leite matou-me a fome
Do animal sagrado
O leite que descansa no saco
Brotado quase que por acaso
No útero de uma delas
Separo-me pela primeira vez
Acasalo-me e desconfio
Que jamais poderei viver sem
O leite já não é preciso
O sexo me faz bem
Logo outro a entre nós
Amado e odiado como eu
Outras virão com certeza
E jamais poderei me libertar
Extirpar-me-ei dos seios
De quem me deu a vida
Uma delas
A qual se sentiu traída
Como a preço de vida
Por ela também fui traído
Separo-me pela terceira vez
E desconfio
Que jamais poderei viver sem.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2006 no dia 16 São Paulo (SP)
Marcelo Henrique Zacarelli
O leite que descansa no saco
Brotado quase que por acaso
No útero de uma delas...