No raiar do sol,
Envergonhado numa
Tarde de Inverno,
Vejo-te Musa,
Com tua veste
De branco invernal
Que repousa em teus montes,
Suave e perfumada,
De aroma fresco e jovial,
De natureza imaculada,
De canto, de virginal
Melodia, dolente e
Branda,
Como cântico angelical,
(OM silencioso, profundo)
Como o ressoar das
Lágrimas
Correndo
Teu rosto
Oh virginal, estrellada
Musa
Que do branco fazes
Tua pele,
Do teu leito, água,
Do teu aroma, Mel…
No opúsculo do dia
Finalizo o meu
Andar,
Respirar,
Viver,
Sonhar,
Ao cântico do luar,
Espera-me o entardecer,
Mágico d´um lugar
D´um Bosque Sagrado
Onde reina o mar,
Saltando no intervalo
Das pedras,
Onde reina a doce
Água d´um luar
Magnético,
Energizante,
Perfeito
E reconfortante na
Hora da despedida.
Ao opúsculo deito-me
Na pedra,
Dura,
Quase imutável
Mas moldada pela vida.
Ao cântico assombroso
Do silêncio fecundo
Nasce o dia que é noite
Nasce a luz (in)visível
Aos olhos do mundo.
No verde campo
Pedroso
Onde reina o musgo,
O silêncio húmido
Nasce uma semente
Semeada pelo Amor
De LUG.
/|\
Bos Sacrum, 15 de Fevereiro de 2009
"O acto de escrever
cresce com a necessidade de viver"
Muhammad Rashid