No Panteão dos Deuses
Lusos,
Vive no cimo Lug,
O Deus vivo,
Renascendo do Mundo
O lugar sagrado
Do mito,
Da herança atlântica,
Para além do
Mar,
Para além do sonho,
Mar tranquilo e desperto
Que alcança o mundo.
Na companhia misteriosa
De dois seres,
Parados e desconhecidos,
Vive a casualidade
A sombra reflectida do sol,
A fonte da vida,
Ergue-se entre nós o sorriso,
E do sorriso o riso,
E do riso o amor,
Amor ao natural, imortal,
Intemporal, que habita em
Nós, míseros mortais,
De imortal alma,
A calma reina em nós e sobrevive
No cume do amor,
No ápice vegetativo
Que a vida não-animal
Nos dá.
O mineral transmuta-se,
O mortal renasce
Na vida,
No amor,
Na eterna melodia.
"O acto de escrever
cresce com a necessidade de viver"
Muhammad Rashid