Luso-Poemas
 
Poemas : 

eis quando a revolução entorpece a vontade

 
é o desvario da ventania em corropio
a desmanchar torres de granito frio
é a destemperança da rija enxurrada
a afogar exércitos de tropa indesejada
é o jeito violento da revolta dos civis
a calar a imposição das vozes vis
é a flor que nasce num vaso de terra
e depois viça até soltar a vida que encerra

amaina, então, a sofreguidão por ar puro
de quem à muito medra no chão duro
a morder côdeas de pão escuro

amaina a forma retesada de receber o chicote
num claro desleixar que desafia a morte
a ser o disfarce mundano de amada consorte.

Valdevinoxis

A boa convivência não é uma questão de tolerância.


 
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Valdevinoxis
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 28/04/2009 21:59  Atualizado: 28/04/2009 21:59
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: eis quando a revolução entorpece a vontade
Um poema com voz activa Val.

Beijinhos

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/04/2009 23:35  Atualizado: 28/04/2009 23:35
 Re: eis quando a revolução entorpece a vontade
Gostei desta visão realista das revoluções de rei deposto rei posto com melhor embrulho!
Abraço

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