O frio é a ausência de calor
Já não sinto frio
Tornou-se intenso demais
Agora sinto espadas afiadas
Que me trespassam em agonia
Laminas que cortam a minha carne
O ódio é a ausência de amor
O amor já não é quente
Tornou-se um sonho esquecido
Agora o meu coração gelou
Já não bombeia sentimentos
Erradia frio como um sol invertido
O caos é a ausência de ordem
Lentamente perco a sanidade
Não consigo combater a dor gelada
Deixo-me ir com o esquecimento
O mesmo que levou a memória do calor
E deixou o gelo parar-me a alegria
A dor é a ausência de calor
O mundo pereceu gelado
Numa devastação gritante
Eu pereci com o mundo
Trespassado por laminas de frio
Com a alma a lamentar-se…
“Para amar o abismo é preciso ter asas…”