Sinto o coração bater, quase rasga o peito!
Cessa a clareza dos sentidos numa hora a mim alheia,
Maresia de sentimentos vazios em maré-cheia
Não sei o que fazer do amor, já que nada tenho feito.
Foi em vão lutar para ser o eleito!
Prolixa chegou previamente uma ideia,
Fazer do amor o pão sagrado de uma Seia,
E ao vê-lo terminar, pensar ficar satisfeito…
Este manto negro que me cobre o destino
Foi deixado por um anjo, quando me abandonou!
O amor cessou, tudo cessa, menos o meu desatino…
O coração a bater, neste peito já roto!
Mendigues de sentimentos que me deixou
A vida num feitio nostálgico e ignoto…
Paulo Alves