Nunca me vi, ao par de ser eu, feliz!
Tantos problemas acato, a dor de mim abusa,
Alço a própria voz que injustamente me acusa,
De crimes que não feitos, sempre os fiz…
Tantos pensares elusivos onde a razão desdiz!
Raciocínios à partida já mortos que a mente usa,
Por entre uma telepatia apática que cruza
O silêncio num eco que a si próprio se contradiz…
Talvez seja inútil esta minha esgrima!
Paradigma da existência onde medito
Enquanto a alma alheia a mim peregrina…
Talvez seja falsa a minha doutrina,
Rogar a Deuses a quais não acredito,
Momentos de alegria pura e cristalina…
Paulo Alves