na solidão de teu seio
a razão do teu insulto:
“afaste-se diabo, tonto, feio
besta morta, alma tosca, vulto”
na ilusão de teu sonho
o teu amor astuto:
“abraça-me amante, lambe-me o seio
anjo tenro, amor eterno onde exulto”
na comunhão com teu receio
(ao que lhe digo) o ódio mútuo:
“abranda-me a alma, partida ao meio
por seu pobre amor sem fruto”