Poemas : 

PAGAR PROMESSAS

 

Eis que à Terra aporta
Pra salvar os filhos seus
Dispersos entre a poeira
Entre escorpiões e cavernas
Em meio às bestas
Bárbaras e impiedosas
Faz um menino
Um cavalo e um jarro
Com o mesmo ânimo e o barro
Que se pinta
E cobre seu escarro
Vitalino só moldou
Não soprou nas narinas
Nem lhe criou uma menina
Tomou a argila e enrolou
O seu rosto com um manto
Devoto do padre
A quem chamou de santo
A hóstia tinta de sangue
Da beata e o sertanejo
Pra todos é um espanto
Ó! É do pão consagrado
Ah! É da guerrilha, do levante
Ali se fabrica a fome
Que alimenta a tantos.

JOEL DE SÁ
24/04/2009.


 
Autor
Joel Pereira de Sá
 
Texto
Data
Leituras
690
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/04/2009 21:06  Atualizado: 24/04/2009 21:07
 Re: PAGAR PROMESSAS
Amigo poeta!

Noto aqui que és bem entendido na palavra das Escrituras Sagradas...Fala o que é verdade quando se refere á esculturas feita e constituída como Deus pelo ser humano que nada entende ou compreende!
Pois á palavra se refere assim...Tem olhos mas não vêem,boca mas não falam,ouvido mas não hovem,pés mas não andam,mãos mas não tocam..São obras mortas!

Estou certa?
Se não me desculpe sim?

Beijos carinhosos!

Rosa