Quando desdobro as tuas palavras,
como telas envelhecidas,
reinvento os teus gestos,
numa agonia revelada...
Olho no espelho a tua imagem
ainda húmida e quente...
Por instantes, quase acredito
na expressão dos teus olhos ternos,
quase acredito no movimento dos teus cabelos...
Por um momento, senti a magia do amor...
Um momento sem duração nem memória...
un instante pleno...
Barão de Campos