Desculpa este meu jeito sem jeito... De ser... Esta aflição que carrego no peito que transforma todo o meu ser.
Desculpa as palavras ditas.. Sem sentido, que fizeram-te erguer as tuas defesas.
Desculpa-me este meu estado desolado, perdido em lembranças... E esqueci –me que também sentes. Perdoa-me amigo por esta magia que se criou entre nós e eu estupidamente quebrei.
Desculpa-me por tentar incendiar o que a água extinguiu para sempre. Por tentar devolver a luz ao teu olhar já sem vida e fazer-te viver. Eu sei que não me compete a mim salvar-te, mas eu não consigo ver-te adormecido nos teus pesadelos Não consigo ver a dor e a revolta em teus olhos, e ficar serena enquanto tu te deixas abandonar. Desculpa por querer devolver-te a vida... Por não querer permitir que morras, mais uma vez. Desculpa-me meu amigo, por este meu egoísmo em querer fazer-te amar, não a mim, mas a ti próprio.
Desculpa-me por me intrometer nos teus medos e querer afastá-los de ti, para não te ver sofrer. Desculpa-me por me importar contigo. Não te quero perder amigo, pois sem ti perco-me, esmoreço.
Perdoa-me amigo, por tudo isto... e por todo o resto...