É de pequenos gestos.
Um velho que coça a cabeça à espera que o dia passe.
De pequenas palavras.
Um “adoro-te”...
É das sensações.
O som da chuva a bater no telhado.
Dos gritos.
De um bebé com fome.
Dos choros.
Pelo tempo que não traz nada.
Dos sorrisos.
Ao ouvir um “adoro-te”…
É de pequenos momentos.
Um dia que nasce, um dia que acaba.
De pequenos murmúrios.
Ao ouvido.
É das simples paixões.
Dos desejos mais puros…
É das coisas simples.
Um pássaro que voa, um sol que brilha.
É dos sentidos.
O cheiro da fruta, o sabor.
É dos incógnitos e dos vulgares.
Dos que vivem sem pensar.
É dos que vivem por amar.
É do simples viver.
Do respirar…
É disto tudo aquilo que escrevo.
E isto tudo é o mais simples.
O mais nada.
O mais banal…
E isto, por ser meu, é a melhor história jamais escrita.
Emanuel Madalena