Um mil-folhas, por favor.
Entre recheios de ideias gostosas
De delicadas páginas finas
De soberbas iguarias
Dou uma dentada no saber.
Confundo o tempo do passado
Por algo inexplicável e esquecido
Com a curiosidade dos doces futuros.
Mais uma dentada
Mais uma grafada
Descubro a artimanha do autor
Com o Eu, com o Tu, com o Ele.
Chego ao topo.
Que mistura divinal!
Quais segredos conventuais
Quais mistérios populares
Está lá, no preto e no branco,
Linhas ditas de sabedorias
Disfarçadas com sufismos e dualismos
De deixar a cabeça nas nuvens.
Mais uma dentadinha...
Só mais uma...
Afinal só tem mil folhas
E este livro de regozijadas histórias
Está já no fim.
Afinal um escritor
Também pode ser um pasteleiro.
P de BATISTA