Conquistada plenitude do incompleto,
dócil fragrância da ausência,
das ruínas o rugido decapitado,
diáspora nos ensarilhamentos dos sentidos,
dos hinos frutuitos timbres,
exasperantes meditados.
Sobejada inconformação do inerte,
à chama o húmido orgasmo,
gélido êxtase no fervilhão do silêncio,
bebido vazio do aconchego,
defunto respiro,
prótese da vida inalável.
Afogada lágrima seca,
ressoada desertificação,
ténue concupiscência hormonal,
ascética introspecção masturbadora,
relampejo da incerteza moribunda,
deambulação nas incongruências,
ao facto de absurda factorização,
a loucura de não a exercer.
Interceptada falésia da alvorada,
na planície a sepultura ao túmulo,
embalada brisa ao vale de fendas,
rasgadas artérias no cadavérico lunar,
nostalgia ao aglomerado crepúsculo,
ébria entidade inócua,
acorde,
aurora contaminadora das cinzas,
fosso fendido,
epiléptico sonambulismo dos ossos.
Vislumbrada cegueira da caverna,
da luminescência exteriorizada,
pálpebras coladas,
atónitas gesticulações da pulsão,
ondulações para o dia do porvir,
devir do incorruptível hímen temporal,
complexa incompleta plenitude.
© BM Resende