O quarto tem um cheiro adocicado.
A luz entra pela janela,
Bate em cheio na minha face.
Custa-me abrir os olhos…
E quando faço, contemplo a figura mais bela,
Tu…meu doce amor!
Amar-te, assim, não pode ser pecado.
Dormes tão calmamente…
Deixo-me ficar imóvel,
O olhar para ti.
Tudo em ti…é perfeito,
O contorno do teus lábios,
A luz que irradias do teu rosto,
Dá-me tanta paz,
Tranquilidade!
E quanto mais, para ti, olho,
Mais desejo absorver-te,
Queria-te dentro de mim…
E a felicidade…que me preenche,
Sempre que me presenteias…
Com a tua doce presença.
Dás-me tanto mimo, carícias…
Fazes sobressair em mim…toda a minha sensualidade,
Chego a sentir vaidade…
<br />Enfim…
Entristeço…a ideia de perder-te,
Assombra-me…quase entro em pânico.
Acordas…beijo-te muito docemente,
Sorriu…abraço-te…e deixo-me ficar ali,
Juntinho a ti, a saborear o momento…
Feliz, porque te amo…porque me sinto tão amada…
O quarto tem um cheiro adocicado.
A luz entra pela janela,
Bate em cheio na minha face.
Custa-me abrir os olhos…
E quando faço…tu não estás, como sempre.
A tua ausência…é desoladora.
O despertador toca, desenfreadamente…
Pela frente…mais um dia de solidão…
Apresso-me a arranjar…saio, vou trabalhar.
Tudo o queria…era poder dar-te a mão.
E sair-mos lado a lado,
Sem pensar no futuro,
Sem olhar para o passado…
(Vania B.)